Polônia planeja concluir muro na fronteira com Belarus até 2025 para aumentar segurança e conter imigração, segundo vice-ministro dos Assuntos Internos.



A Polônia anunciou a meta de concluir a construção de um extenso muro na fronteira com Belarus até o verão de 2025. O vice-ministro de Assuntos Internos e Administração, Maciej Duszczyk, enfatizou que o projeto visa proporcionar a máximas condições de segurança ao país, que possui uma linha de fronteira de 400 quilômetros de extensão. A construção teve início no final de 2021, em resposta a uma onda migratória que Varsóvia associou a intervenções do governo bielorrusso, liderado pelo presidente Aleksandr Lukashenko. A Polônia alega que Lukashenko incentivou a entrada de imigrantes em seu território, buscando desestabilizar a região.

Com um investimento estimado em 587 milhões de euros – aproximadamente 3,7 bilhões de reais – a atual administração sob o comando de Donald Tusk não apenas prossegue com a edificação do muro, mas também planeja a construção de uma nova rodovia para facilitar patrulhas na área. O objetivo é implementar uma barreira de aço com cinco metros de altura, que deverá ser complementada por novas estruturas de vigilância aérea e outros recursos de segurança. O vice-ministro detalhou que a nova infraestrutura permitirá que a Polônia atinja “o mais próximo possível de 100% de segurança nas fronteiras”.

Entretanto, essa estratégia tem gerado controvérsias, especialmente entre organizações não governamentais, que criticam políticas de migração e direitos humanos do governo polonês. Uma das decisões mais polêmicas foi anunciada por Tusk em outubro de 2024, quando o governo polonês decidiu suspender temporariamente o direito de asilo, com o argumento de que a proteção da segurança nacional deve prevalecer sobre as preocupações migratórias.

Varsóvia, por sua vez, defende que a melhoria de sua segurança nas fronteiras beneficia não apenas o país, mas toda a União Europeia, e chegou a solicitar apoio financeiro de parceiros europeus para financiar um projeto militar chamado “Escudo Leste”. Este projeto inclui diversas iniciativas para fortalecer a vigilância e a defesa na região, em resposta a ameaças consideradas “híbridas” provenientes de Belarus e da Rússia.

Recentemente, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciou que Bruxelas destinará 170 milhões de euros aos países fronteiriços da Rússia e de Belarus, como parte de um esforço conjunto para combater essas ameaças. O cenário atual, marcado por tensões geopolíticas e preocupações com a segurança, promete moldar o futuro da região e acirrar os debates sobre imigração, direitos humanos e políticas de segurança na Europa.

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