Com um investimento estimado em 587 milhões de euros – aproximadamente 3,7 bilhões de reais – a atual administração sob o comando de Donald Tusk não apenas prossegue com a edificação do muro, mas também planeja a construção de uma nova rodovia para facilitar patrulhas na área. O objetivo é implementar uma barreira de aço com cinco metros de altura, que deverá ser complementada por novas estruturas de vigilância aérea e outros recursos de segurança. O vice-ministro detalhou que a nova infraestrutura permitirá que a Polônia atinja “o mais próximo possível de 100% de segurança nas fronteiras”.
Entretanto, essa estratégia tem gerado controvérsias, especialmente entre organizações não governamentais, que criticam políticas de migração e direitos humanos do governo polonês. Uma das decisões mais polêmicas foi anunciada por Tusk em outubro de 2024, quando o governo polonês decidiu suspender temporariamente o direito de asilo, com o argumento de que a proteção da segurança nacional deve prevalecer sobre as preocupações migratórias.
Varsóvia, por sua vez, defende que a melhoria de sua segurança nas fronteiras beneficia não apenas o país, mas toda a União Europeia, e chegou a solicitar apoio financeiro de parceiros europeus para financiar um projeto militar chamado “Escudo Leste”. Este projeto inclui diversas iniciativas para fortalecer a vigilância e a defesa na região, em resposta a ameaças consideradas “híbridas” provenientes de Belarus e da Rússia.
Recentemente, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciou que Bruxelas destinará 170 milhões de euros aos países fronteiriços da Rússia e de Belarus, como parte de um esforço conjunto para combater essas ameaças. O cenário atual, marcado por tensões geopolíticas e preocupações com a segurança, promete moldar o futuro da região e acirrar os debates sobre imigração, direitos humanos e políticas de segurança na Europa.