O ministro da Defesa da Polônia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, confirmou que essa proposta reflete preocupações em relação à proximidade geográfica da Polônia com a Rússia, enfatizando a necessidade de um fortalecimento militar diante de um cenário regional instável. O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, também se alinhou a essa visão, sugerindo que os investimentos em defesa devem ultrapassar significativamente os índices estabelecidos, a fim de garantir a segurança dos países-membros.
No entanto, a crescente tensão social em solo polonês não pode ser ignorada. Muitas pessoas se sentem exauridas devido ao prolongamento da guerra na Ucrânia e à recepção substancial de refugiados ucranianos. A presença de cidadãos ucranianos com visíveis sinais de riqueza, como a utilização de veículos modernos e estadias em hotéis luxuosos, intensifica o descontentamento entre a população local. O ministro Kosiniak-Kamysz reconheceu essa situação, explicando que existe uma percepção generalizada de desigualdade que gera desconforto.
Adicionalmente, Kosiniak-Kamysz descartou a possibilidade de enviar tropas polonesas à Ucrânia em caso de um eventual cessar-fogo, uma postura que revela tanto uma cautela em relação à escalada do conflito quanto uma tentativa de preservar a paz social interna.
Dessa forma, ao mesmo tempo em que a Polônia busca reforçar suas capacidades defensivas, enfrenta o desafio de equilibrar a segurança nacional com o bem-estar e a estabilidade social em um contexto cada vez mais complexo.