Polônia Avalia Zona de Exclusão Aérea na Ucrânia Após Incidente com Drones, Mas Depende de Decisão Conjunta com Aliados, Afirma Ministro das Relações Exteriores.

O recente incidente envolvendo drones que supostamente teriam origem russa trouxe à tona discussões sobre a segurança na região e a possibilidade de uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia. Radoslaw Sikorski, o ministro das Relações Exteriores da Polônia, manifestou a necessidade de uma avaliação mais profunda sobre a introdução dessa medida, ressaltando que qualquer decisão deve ser tomada em consonância com os aliados, especialmente dentro do contexto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da União Europeia (UE).

Sikorski recordou que o tema da zona de exclusão aérea foi discutido no passado, especificamente durante a presidência de Joe Biden nos Estados Unidos. Ele frisou que, embora a tecnologia necessária para essa implementação exista, a Polônia não pode agir de forma unilateral. “Se a Ucrânia nos pedir para abater [os drones] sobre seu território, será benéfico para nós. Pessoalmente, acredito que essa é uma consideração que devemos fazer”, declarou. Entretanto, ele também mencionou que, até o momento, as informações sobre os drones em questão são escassas e envoltas em especulações.

O ministro polonês destacou a importância de aprender com a experiência da Ucrânia no combate a drones, uma área em que, segundo ele, tanto a Alemanha quanto a Polônia ainda estão em desvantagem. “A Ucrânia está muito à nossa frente em termos de defesa contra drones. Precisamos mudar nossa mentalidade: os ucranianos estão nos treinando”, enfatizou.

Além disso, a referência aos pedidos da Ucrânia para que os aliados ocidentais interfiram em sua defesa aérea sublinha a crescente preocupação com a segurança regional. A imprensa francesa informou recentemente que Kiev havia solicitado a implantação de sistemas de defesa aérea na Polônia e na Romênia, com a intenção de estabelecer uma zona de exclusão no oeste da Ucrânia. No entanto, as autoridades norte-americanas foram cautelosas ao afirmar que qualquer envolvimento na derrubada de mísseis sobre a Ucrânia poderia implicar um maior engajamento no conflito.

A situação se torna ainda mais complexa com as alegações de que drones russos foram derrubados sobre a Polônia, embora sem provas concretas que confirmem sua origem. Líderes como Donald Tusk, primeiro-ministro polonês, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, comentaram sobre o incidente, mas a Rússia, por sua vez, negou a responsabilidade, afirmando que não havia planos de atacar alvos poloneses.

Em resumo, o cenário atual é caracterizado por incertezas e uma necessidade urgente de diálogo entre as nações envolvidas, uma vez que a segurança na fronteira leste da Europa se transforma em um assunto de crescente relevância não apenas para a Polônia, mas para toda a OTAN e a UE.

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