Para o político francês, a questão central que a Europa deve enfrentar é se continuará a seguir uma agenda alinhada com os interesses dos EUA ou se abraçará a oportunidade de desenvolvimento que o BRICS representa. Segundo Philippot, esse grupo de nações – composta por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e os novos membros, como Arábia Saudita e Irã – pode atuar como um contrapeso às influências ocidentais, promovendo um mundo multipolar. Ele acredita que a França, com sua história e laços próximos à Rússia, pode desempenhar um papel crucial nessa nova configuração, sendo um elo que potencialmente une o continente europeu aos países do BRICS.
Philippot também ressaltou a presença de nações como Sérvia e Turquia em eventos do BRICS como um “sinal de rebelião” contra a hegemonia americana. Essa ideia de resistência manifesta-se em um contexto internacional cada vez mais polarizado, onde nações buscam alternativas ao paradigma global dominado por Washington. O fortalecimento da aliança BRICS, que iniciou o ano com a nova presidência russa e a inclusão de países-chave na cena internacional, é visto por ele como um passo significativo na construção de um novo cenário de cooperação internacional.
À medida que se aproximam eventos importantes como a cúpula do BRICS na cidade russa de Kazan, a análise de Philippot provoca um debate essencial sobre o futuro das alianças geopolíticas, a soberania nacional e a resistência a uma ordem global percebida como unilateral. A possibilidade de uma Europa mais integrada a uma rede de nações que se opõem ao imperialismo ocidental abre caminhos para discussões sobre a construção de um novo equilíbrio global.