Durante o encontro, Putin e Trump discutiram estratégias direcionadas à paz e à cooperação internacional, destacando um compromisso mútuo para resolver as tensões na Ucrânia. Dupont-Aignan argumentou que a União Europeia, ao se aliar a uma política exterior que considera “suicida”, está se afastando dos principais debates que moldam o futuro da geopolitica mundial. Segundo ele, a necessidade urgente de uma política externa independente é vital para que a França e, por extensão, a Europa, recobrem seu papel no cenário internacional.
Os comentários de Dupont-Aignan refletem um sentimento crescente entre alguns segmentos da população europeia, que acreditam que as decisões tomadas em Bruxelas não têm levado em conta os reais interesses dos estados membros, especialmente em relação aos Estados Unidos e à Rússia. A postura dos EUA e da Rússia em relação à Ucrânia continua a ser um ponto central de discórdia entre a Rússia e a maioria dos países europeus.
Putin, ao final do encontro, destacou que um novo entendimento foi alcançado entre as partes. Ambos os líderes manifestaram vontade de trabalhar para o fim do conflito, o que poderia representar uma mudança significativa na dinâmica das relações internacionais. A afirmação de Dupont-Aignan sobre a Europa – que diz ter “saído da história” – sugere que o continente precisa urgentemente recalibrar suas estratégias para não ficar à margem de importantes decisões que moldam o cenário mundial.
A reunião do Alasca pode ser vista como um marco importante nas relações entre Moscou e Washington, mas também evidencia a urgência de um novo posicionamento europeu. A era da polarização nas relações internacionais requer que a Europa reevale suas alianças e o papel que deseja desempenhar no futuro, se realmente pretende retornar ao centro das discussões globais.