Glas, figura importante na política equatoriana nas últimas duas décadas, foi o responsável pelos recursos petrolíferos em um momento de crescimento econômico impulsionado pelo petróleo. No entanto, sua carreira foi marcada por escândalos de corrupção, o que o levou a ser implicado em três casos pela Procuradoria Geral da República. O ex-vice-presidente, refugiado na embaixada mexicana, buscava proteção como refugiado político, mas acabou sendo retirado à força da missão diplomática.
A operação para capturar Glas foi intensa e chamou a atenção da comunidade internacional. O presidente equatoriano, Noboa, mostrou uma postura de combate à corrupção e de punição severa aos infratores, usando medidas semelhantes às implementadas por líderes como Nayib Bukele, de El Salvador. A atitude do Equador em violar a soberania mexicana gerou repúdio de diversos países e organismos internacionais, incluindo a Organização dos Estados Americanos (OEA).
O México rompeu relações diplomáticas com o Equador em resposta à ação considerada uma violação do direito internacional. O presidente mexicano, Andrés López Obrador, agradeceu o apoio da comunidade regional e pediu prudência aos cidadãos mexicanos diante da situação. O repúdio ao ataque e a solidariedade com o México foram expressos por diversos líderes latino-americanos, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro e Gabriel Boric.
Jorge Glas, agora detido em La Roca, enfrenta múltiplos processos por corrupção e desvio de fundos, com condenações e novas acusações que o colocam em situação de vulnerabilidade. Seu caso se tornou um ponto de atrito entre duas nações que buscam justiça e responsabilização. O desfecho desse episódio promete continuar gerando repercussões na política e nas relações internacionais entre México e Equador.