POLÍTICA – Violência eleitoral atinge candidatos em diversas cidades do Brasil, com aumento de 130% em relação às eleições de 2020.

Na noite de quinta-feira (3), um atentado a bala contra o carro de uma candidata a vereadora do Rio de Janeiro chocou o país. Felizmente, devido ao veículo ser blindado, a candidata conseguiu sobreviver. Já em São Paulo, outra candidata à Câmara Municipal teve seu carro atingido por 11 tiros, embora não estivesse presente no momento do ataque, acabou passando mal e precisou ser levada ao hospital.

Além desses incidentes, em Sumaré, no interior de São Paulo, dois homens dispararam contra o coordenador da campanha de um candidato a prefeito, ressaltando a preocupante escalada de violência que vem marcando o pleito municipal deste ano.

Infelizmente, esses não são casos isolados. Dados recentes indicam que as eleições deste ano já registram mais que o dobro de situações violentas em comparação aos pleitos anteriores. O aumento dos casos de violência é tão alarmante que chega a ser 130% superior ao registrado nas eleições de 2020.

Uma pesquisa realizada pela Terra de Direitos e Justiça Global revelou que, em média, é registrado 1,5 caso diário de violência política no país. Esse número é preocupante, especialmente quando comparado ao cenário de eleições anteriores, onde ocorria apenas uma ocorrência a cada sete dias.

Gisele Barbieri, coordenadora da Terra de Direitos, destaca que a violência política parece estar se intensificando a cada ano eleitoral. Os dados revelam que a violência atinge partidos de diferentes espectros políticos e afeta de forma desproporcional as mulheres.

Após o primeiro turno das eleições, os dados serão atualizados e divulgados, o que poderá agravar ainda mais o nível de violência eleitoral no país. A análise histórica revela que, de 2016 até agosto de 2024, foram identificados 1.168 casos de violência política no Brasil, demonstrando a gravidade do cenário atual.

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