POLÍTICA – STF retoma julgamento da denúncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe; réus podem ser condenados a mais de 30 anos.



A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (26) um importante julgamento que está agitando o cenário político brasileiro. O foco da discussão é o recebimento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados de tramarem e executarem um golpe de Estado malsucedido. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia no mês passado, e agora os cinco ministros que compõem a turma estão avaliando se aceitam ou não as acusações.

O julgamento entrou em seu segundo dia e logo cedo o relator, ministro Alexandre de Moraes, começou a proferir seu voto. Em seguida, será a vez dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin se manifestarem. A sessão está sendo acompanhada de perto por toda a sociedade e é possível assistir ao vivo através de uma transmissão online disponibilizada.

Se a maioria dos ministros decidir pela aceitação da denúncia, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal no STF. Os crimes imputados incluem organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado. Caso o processo criminal seja aberto, os advogados poderão apresentar testemunhas e solicitar novas provas para corroborar com suas defesas.

A denúncia em questão envolve um grupo de oito acusados considerados o “núcleo crucial” do suposto golpe de Estado. Além de Bolsonaro, estão entre os acusados figuras de destaque como Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Alexandre Ramagem. A acusação da PGR sustenta que Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para assassinar figuras importantes, como o ex-presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Durante o primeiro dia de julgamento, os advogados dos acusados contestaram a denúncia, alegando cerceamento de defesa e falta de provas. O próprio Bolsonaro surpreendeu ao comparecer pessoalmente ao STF para acompanhar a sessão. Houve ainda a recusa de diversas questões preliminares levantadas, como a anulação da delação premiada de Mauro Cid e o impedimento de alguns ministros para julgar o caso.

O desfecho desse julgamento promete ser impactante e pode ter reflexos importantes na política nacional. Por enquanto, não há uma data definida para o veredito final, mas caso haja condenação, as penas previstas para os crimes ultrapassam os 30 anos de prisão. A sociedade brasileira aguarda ansiosa por mais informações e desdobramentos desse caso que já está marcando a história do país.

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