POLÍTICA – Senado Aprova Regulamentação da Reforma Tributária com Foco em Imposto sobre Bens e Serviços e Inclusão de Microempreendedores Individuais.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal pautou sua sessão na última quarta-feira, 17, com a aprovação do relatório complementar que regulamenta a reforma tributária, sob a relatoria do senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas. O projeto de lei complementar (PLP) 108/2024, agora aprovado, aborda diversas mudanças no sistema tributário nacional, entre as quais se destaca a instituição do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Esse novo tributo visa unificar o ICMS, atualmente gerido pelos estados, e o ISS, de competência municipal, buscando uma tributação mais simplificada e eficiente.

Além de detalhar a regulamentação do IBS, o texto também estabelece a criação do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CGIBS), que será responsável por questões administrativas e de legislação no novo sistema tributário. Outro ponto relevante mencionado na proposta é a revisão das diretrizes do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), que também passa a ter novas regras.

Após passar pela CCJ, a matéria avança para o plenário do Senado, onde sua votação é considerada em caráter de urgência. Para sua aprovação, o PLP precisa obter o apoio de 41 dos 81 senadores, uma meta que representa a maioria absoluta necessária para a validação da proposta.

Braga, ao destacar alguns aspectos do relatório, apontou a gradualidade na fixação das alíquotas para bebidas açucaradas como um dos pontos importantes da proposta. Ele também anunciou que taxistas, mototaxistas e frentistas foram incluídos na categoria de microempreendedores individuais, o que facilitará seu acesso a benefícios e obrigações fiscais. O relator incorporou 96 das 149 emendas que foram apresentadas, evidenciando a disposição de dialogar e aprimorar o projeto com a contribuição de diferentes setores.

A versão final do relatório refletiu discussões com as secretarias de finanças tanto estaduais quanto municipais, e previamente já havia considerado as contribuições dos setores produtivos na versão anterior do projeto. Braga enfatizou o caráter transformador da reforma, destacando que as mudanças visam não apenas a modernização do sistema tributário, mas também a promoção da competitividade e segurança jurídica na economia brasileira.

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