A sabatina, que começou por volta das 9h40, foi realizada em sessão conjunta com os dois indicados, gerando críticas por parte de senadores de oposição. Paulo Gonet fez questão de enfatizar o aspecto técnico de sua formação e a importância de defender os direitos fundamentais no Brasil, caso fosse aprovado para chefiar o Ministério Público Federal (MPF). Durante a sabatina, também teve a oportunidade de ponderar sobre os limites da liberdade de expressão.
A saída de Augusto Aras deixou o cargo vago, e o mandato de Elizeta Ramos assumiu interinamente até a aprovação de Gonet. Com 57 anos de idade, Paulo Gustavo Gonet Branco é subprocurador-geral da República e vice-procurador-geral Eleitoral, com 37 anos de carreira no Ministério Público. Além disso, é cofundador do Instituto Brasiliense de Direito Público ao lado do ministro do STF, Gilmar Mendes, e já ocupou o cargo de diretor-geral da Escola Superior do Ministério Público da União.
A votação do nome de Gonet também foi marcada pela aprovação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, na indicação para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF), tanto na CCJ quanto no plenário. O presidente da CCJ optou por um formato diferente de sabatina, permitindo que os senadores fizessem as perguntas de forma individualizada, e não em blocos de três inquirições, como previamente estipulado.
Dessa forma, com a confirmação do Senado, Paulo Gonet assume a importante posição de procurador-geral da República, com a responsabilidade de liderar o Ministério Público Federal em meio a um cenário político e jurídico desafiador.