No entanto, a iniciativa gerou protestos, com aproximadamente 200 estudantes ocupando a Assembleia Legislativa por 24 horas. Segundo Larissa Souza, uma das líderes do movimento contrário ao projeto, a proposta é considerada vaga e pode resultar na privatização de 200 escolas públicas do Paraná. Além disso, o texto aprovado não foi amplamente debatido e os estudantes reivindicavam uma maior discussão antes da aprovação. A ação dos manifestantes acabou em confronto com as forças de segurança, resultando em uma liminar de reintegração de posse expedida pelo Tribunal de Justiça do Paraná.
O projeto aprovado determina que a parceria com entidades privadas só pode ser firmada em instituições da rede estadual, exceto em determinados casos, como unidades prisionais e entidades ligadas à Polícia Militar. Além disso, a gestão financeira dos recursos federais será de responsabilidade do presidente da unidade executora própria. A proposta também prevê a realização de consulta pública na comunidade escolar antes da celebração do contrato, permitindo que a comunidade decida pela adesão ao programa em votação.
Com a aprovação do projeto, os estudantes pretendem atuar junto à comunidade acadêmica para conscientizá-la dos possíveis riscos da adesão ao Programa Parceiro da Escola. A liderança do movimento estudantil enfatizou a importância de informar os estudantes e os pais sobre os impactos da privatização da gestão das escolas públicas. A luta agora é para garantir a participação dos maiores de 16 anos nesse processo de votação e para barrar a implementação do programa nas escolas do Paraná.