Na terça-feira, Motta já havia declarado que seria responsabilidade do plenário decidir sobre a cassação de Zambelli. Em uma medida impressionante, o presidente da Câmara destacou que acataria a ordem do STF, que a determinou sem necessitar de aprovação dos deputados. Este procedimento, segundo o regimento interno, garante à deputada um prazo de até cinco sessões para apresentar sua defesa antes que o caso seja discutido e votado em plenário.
Em meio a esse cenário conturbado, Motta também comunicou ao STF sobre o bloqueio dos pagamentos de verbas destinadas a Zambelli, cumprindo uma ordem do ministro Alexandre de Moraes. Além do bloqueio das verbas, as contas bancárias e ativos financeiros da deputada enfrentam restrições igualmente impostas pela decisão do STF.
No último sábado, Moraes converteu a detenção da deputada de preventiva para definitiva, após Zambelli deixar o Brasil e buscar refúgio na Itália. Esta alteração ocorreu após a Primeira Turma do STF rejeitar os recursos apresentados por Zambelli que buscavam revogar a condenação imposta pela Justiça. A pena de 10 anos de prisão é resultado da invasão, realizada por Zambelli e o hacker Walter Delgatti, ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça, onde foram inseridos documentos falsos, incluindo um pedido de prisão contra o próprio ministro do STF.
Adicionalmente, na quarta-feira subsequente, Moraes oficializou o pedido de extradição de Carla Zambelli ao ministro da Justiça e Segurança Pública, dando continuidade ao processo e destacando a seriedade das consequências jurídicas que a deputada enfrenta. A situação se intensifica, demonstrando a relevância e a complexidade das questões envolvendo o legislativo e o Judiciário brasileiro. A expectativa agora gira em torno das próximas etapas do processo legal e do posicionamento do plenário diante da situação.