O presidente defendeu a necessidade de uma representação adequada dos países emergentes em órgãos como o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), destacando que o atual conselho reúne apenas alguns países com poder de veto, o que dificulta a tomada de decisões importantes pela paz internacional. Lula enfatizou que o Brasil tem trabalhado incansavelmente pela paz durante seu mandato no Conselho de Segurança da ONU.
Ele apontou que a tragédia humanitária em curso evidencia a falência das instituições internacionais, ressaltando a importância de recuperar a confiança no multilateralismo. Além disso, fez referência ao conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza, enfatizando a necessidade de restituir a primazia do direito internacional, incluindo o humanitário, que deve valer igualmente para todos.
A cúpula Vozes do Sul Global, que reuniu 125 países para discutir suas prioridades, desafios e soluções, contou com a participação do presidente Lula como o segundo chefe de Estado a discursar. Ele destacou ainda a presidência brasileira do G20, que se inicia em dezembro, e propôs que a agenda mundial de desenvolvimento sustentável tenha como objetivo-síntese a redução das desigualdades.
Segundo Lula, a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável está progredindo abaixo do esperado, e propôs que a redução das desigualdades seja o foco da agenda mundial. Ele alertou sobre o crescimento do abismo entre países ricos e pobres, os impactos da mudança do clima e a falta de acesso a medicamentos, entre outros desafios que afetam as nações em desenvolvimento.
A presença do ex-presidente brasileiro na cúpula reflete seu compromisso contínuo com as questões internacionais e o desenvolvimento sustentável, bem como sua influência no cenário global. Suas declarações fornecem uma perspectiva relevante sobre as necessidades e desafios enfrentados pelos países do Sul Global no mundo de hoje.