O movimento foi apoiado em massa pela população portuguesa e trouxe consigo a democratização do país, abrindo caminho para uma série de avanços sociais e políticos ao longo dos anos. Um dos símbolos mais marcantes desse momento foi a distribuição de cravos vermelhos aos soldados, que os colocaram nos canos dos fuzis, o que justifica a denominação do evento.
O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, celebrou a presença de Lula no evento, destacando a importância do gesto do Presidente da República Federativa do Brasil em participar das comemorações mesmo estando fisicamente distante de Lisboa. O gesto foi considerado significativo pelo chefe de governo português, que agradeceu a presença de Lula e ressaltou a importância da data para a comunidade lusófona.
Lula chegou à residência do embaixador por volta das 20h, onde pôde compartilhar desse momento histórico com autoridades e representantes da comunidade luso-brasileira. Vale ressaltar que o jantar aconteceu um dia após o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, reconhecer em entrevista a responsabilidade de Portugal por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era colonial.
Portugal foi protagonista do tráfico humano de milhões de africanos para as Américas e do genocídio em massa de povos indígenas, por isso, o presidente português sugeriu a necessidade de estabelecer uma reparação histórica desses crimes. O encontro de Lula com as autoridades portuguesas e essa discussão sobre os desdobramentos da história refletem a importância de manter viva a memória desses eventos e buscar formas de reparação e reconciliação.