POLÍTICA! Presidente do Solidariedade Articula Federação Partidária para Superar Barreira Eleitoral e Ampliar Representatividade até 2026

Na última quarta-feira, o presidente do partido Solidariedade, Adeilson Bezerra, trouxe à tona importantes debates sobre a cláusula de desempenho, mais conhecida como cláusula de barreira, evidenciando a nova dinâmica que os partidos brasileiros deverão enfrentar nos próximos anos. Esta cláusula, estabelecida pela Emenda Constitucional 97, define regras cruciais de desempenho que os partidos devem cumprir para garantir acesso a recursos fundamentais, tais como fundo partidário, propaganda gratuita em rádio e TV, além de participação em comissões na Câmara Federal.

O mecanismo estipula uma elevação gradual nas exigências de desempenho, com o ápice previsto para as eleições gerais de 2030. Desde a implementação gradual a partir de 2018, as regras para 2026 exigem que cada partido obtenha no mínimo 2,5% dos votos válidos em nove estados, ou eleja pelo menos 13 deputados distribuídos em no mínimo essas nove unidades. Em 2030, essa meta se tornará ainda mais rigorosa, com a necessidade de 3% dos votos válidos em um terço das unidades federativas, ou a eleição de 15 deputados.

Com o intuito de facilitar o cumprimento dessas exigências, o Congresso Nacional, em 2021, aprovou a possibilidade de fusões, incorporações ou federações entre partidos, uma medida confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. Bezerra ressaltou que a cláusula de desempenho visa reduzir o número de partidos e aumentar sua representatividade no cenário político.

No contexto das federações, Bezerra destacou que elas devem ser formadas com um estatuto único e programas comuns, mantidos por um período mínimo de quatro anos, conforme registro no Tribunal Superior Eleitoral. Ele adicionou que as federações permitem que votos somados facilitem o alcance do quociente eleitoral e ajudam a mitigar as desigualdades na distribuição de recursos do fundo eleitoral e no tempo de TV.

Os partidos Solidariedade, PDT, PSDB e PSB já iniciaram conversações sobre a possibilidade de formar uma federação. Um eventual acordo representaria uma significativa soma para o fundo eleitoral, avaliada em torno de 510 milhões de reais, e proporcionaria cerca de dois minutos de tempo de TV. Bezerra concluiu que as negociações políticas entre partidos irão pautar significativamente a agenda das siglas até as eleições de 2026, configurando um novo panorama de colaborações partidárias no Brasil.

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