O parlamentar enfatizou a importância da independência e da harmonia entre os Poderes, segundo os preceitos da Constituição. “Como país soberano, não podemos apoiar sanções dirigidas a membros de qualquer Poder constituído da República. Isso se aplica a todos os parlamentares, membros do Executivo e ministros dos Tribunais Superiores”, declarou Motta, ressaltando que a Câmara dos Deputados seguirá sendo um espaço para diálogo e equilíbrio, especialmente em tempos de crise institucional.
A Lei Magnitsky, que foi invocada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA, resultado direto de um contexto mais amplo de tensões entre os dois países, resultou em sanções financeiras contra Moraes, que foram justificadas pela suposta violação da liberdade de expressão. As sanções implicam no bloqueio de bens e empresas relacionadas ao ministro nos Estados Unidos, prejudicando possíveis investimentos ou interesses comerciais que ele poderia ter. O OFAC acusou Moraes de autorizar “prisões arbitrárias” e limitar a liberdade de expressão, citando o julgamento de ações contra a tentativa de golpe de Estado e decisões que impactam empresas de mídia social.
Simultaneamente, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma Ordem Executiva que aumenta a tarifa de importação de produtos brasileiros para 50%, numa medida que deve entrar em vigor em breve. Essa decisão, segundo Trump, é uma resposta às supostas perseguições enfrentadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil, onde o STF teria tomado decisões que ele considera injustas. O cenário é de tensão crescente nas relações entre os dois países, com implicações significativas para a diplomacia e o comércio.
Esses desenvolvimentos refletem um delicado equilíbrio no panorama político internacional e podem impactar as relações bilaterais no futuro. O compromisso de Motta com a soberania nacional enfatiza a resistência do Brasil a influências externas, trazendo à tona um debate crucial sobre the autonomia e a integridade institucional do país.