POLÍTICA – Prefeito de Porto Alegre critica taxas de juros bancárias e alerta para impacto na retomada econômica pós desastre no RS.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, fez duras críticas às altas taxas de juros praticadas pelas instituições bancárias no Brasil. Em uma coletiva de imprensa realizada hoje (21), Melo questionou a postura dos banqueiros diante da situação de calamidade que o Rio Grande do Sul enfrenta, após os temporais que atingiram o estado no final de abril. O prefeito ressaltou que os altos custos do crédito estão dificultando a recuperação econômica da região.

Melo enfatizou a necessidade de os banqueiros reavaliarem suas políticas de juros e demonstrarem um olhar mais humano diante da situação de emergência vivida pelo estado gaúcho. O prefeito anunciou medidas municipais para apoiar financeiramente os moradores de Porto Alegre afetados pelas chuvas, mas ressaltou que, com as taxas de juros atuais, é praticamente impossível para empresas e famílias tomarem os empréstimos necessários para se recuperarem.

Além disso, Melo fez um apelo ao governo federal, sugerindo a criação de um programa de apoio financeiro semelhante ao Pronamp, voltado para os pequenos, médios e grandes estabelecimentos comerciais do estado. O prefeito destacou a pressão financeira que as prefeituras estão sofrendo devido aos gastos para reconstruir as cidades atingidas, aliada às possíveis perdas de arrecadação com empresas afetadas.

O secretário municipal da Fazenda, Rodrigo Fantinel, também comentou sobre a situação financeira complicada que Porto Alegre enfrentará nos próximos meses. Ele detalhou as medidas adotadas pela prefeitura para auxiliar os empreendedores e a população atingida, incluindo o cancelamento das parcelas do IPTU para as áreas afetadas. No entanto, ressaltou a importância de quem puder continuar recolhendo os tributos, contribuir para a cidade.

Até o momento, os efeitos adversos das chuvas impactaram mais de 2,33 milhões de pessoas em 464 cidades gaúchas, com um saldo de 161 mortes confirmadas. Com 85 pessoas desaparecidas e cerca de 72.561 em abrigos, a situação exige não apenas ações emergenciais, mas também medidas econômicas que possam garantir a recuperação da região.

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