A informação sobre a hospedagem de Bolsonaro na embaixada foi divulgada pelo jornal norte-americano The New York Times, que sugeriu que o ex-presidente, alvo de investigações criminais, tentou fugir da justiça ao se abrigar em uma embaixada estrangeira. As imagens das câmeras de segurança da embaixada mostram Bolsonaro acompanhado por seguranças e funcionários do escritório diplomático, além do embaixador Miklós Halmai.
O ex-presidente permaneceu na embaixada durante dois dias, em um período que coincidiu com o feriado de Carnaval, quando a embaixada estava praticamente vazia. A defesa de Bolsonaro confirmou a hospedagem, alegando que ele estava no local para manter contatos com autoridades húngaras. O ex-presidente negou estar fugindo da justiça e afirmou que frequenta embaixadas e conversa com chefes de Estado.
O passaporte de Bolsonaro foi apreendido durante a Operação Tempus Veritatis, por determinação do STF. A operação foi deflagrada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro fechar acordo de colaboração premiada com a PF. O ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, comentou que cabe à Justiça analisar se a hospedagem de Bolsonaro na embaixada configura alguma irregularidade e ressaltou a autonomia da Polícia Federal no caso.