Segundo a PGR, Bolsonaro teria orquestrado um plano progressivo para minar as instituições democráticas e, assim, interferir na alternância de poder nas eleições de 2022. O documento de 517 páginas não só reafirma as acusações anteriores como também solicita uma condenação que pode culminar em uma pena acumulada de até 43 anos de reclusão.
Veículos importantes como o jornal espanhol “El País” abordaram o caso extensivamente, chamando a atenção para a denúncia que foi mantida integralmente desde sua apresentação inicial. Outras mídias, como o “The Washington Post”, alinharam Bolsonaro ao ex-presidente norte-americano Donald Trump, destacando declarações de Bolsonaro que classificam o processo como uma “caça às bruxas”.
Na Argentina, o jornal “Clarín” noticiou que a PGR vincula diretamente Bolsonaro e seus colaboradores aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando houve o ataque aos Três Poderes em Brasília. A versão espanhola do “HuffPost” destacou as provas contra Bolsonaro, incluindo documentos e mensagens que sustentam a acusação de conspiração.
A PGR alega que Bolsonaro e seu então candidato a vice, general Braga Netto, lideraram uma organização criminosa com apoio militar, voltada a instaurar um regime autoritário. A manifestação detalha crimes que ferem o estado democrático de direito, exigindo a condenação de todos os envolvidos. As alegações entregues ao STF continuam a alimentar debates acalorados tanto no Brasil quanto no cenário internacional.