Essa é a terceira vez que Flávio Dino deixa de comparecer à convocação da Comissão, o que tem gerado polêmica entre os deputados. Em ofício, o ministro citou xingamentos e confusões de outras convocações e pediu providências quanto à conduta do presidente da comissão, deputado Sanderson, acusando-o de falta de capacidade e isenção. Dino também pediu que a reunião fosse realizada em uma comissão geral no plenário da Câmara, repetindo argumentos utilizados em convocações anteriores.
Porém, o deputado Sanderson afirmou que a ausência do ministro caracteriza crime de responsabilidade com base no Artigo 50 da Constituição Federal. Segundo o deputado, a presença de ministros de Estado, quando convocados, é obrigatória, a menos que haja justa causa alegada.
No documento enviado ao presidente da Câmara, o ministro argumentou que algumas manifestações de deputados de oposição equivalem a ameaças contra sua integridade e afirmou ter sido orientado a não comparecer à sessão. Dino reproduziu fotos de parlamentares governistas e de oposição quase chegando às vias de fato para apontar o clima “agressivo, hostil e de desordem” que, segundo ele, marca os trabalhos da comissão.
Flávio Dino tem sido convocado pela Comissão de Segurança da Câmara para falar sobre diferentes temas, incluindo os atos golpistas de 8 de janeiro, a regulamentação das armas, invasão de terras e supostas interferências na Polícia Federal, entre outros.
Diante da polêmica e das alegações de insegurança, a situação gera um impasse entre o ministro e os membros da Comissão, que aguardam explicações sobre os temas em pauta. Resta esperar para ver como essa situação será resolvida e se o ministro Flávio Dino comparecerá futuramente às convocações da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados.