POLÍTICA – Ministro de Minas e Energia refuta a polarização do apagão e reafirma a busca por soluções técnicas eficazes.


Na última terça-feira (29), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esclareceu que o governo federal não politizou o apagão energético que ocorreu no dia 15 de agosto. Durante sua participação em uma reunião conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Minas e Energia, na Câmara dos Deputados, Silveira afirmou que a ativação dos órgãos federais de inteligência e segurança teve como objetivo obter informações claras sobre as causas do incidente que afetou cerca de 29 milhões de brasileiros em praticamente todo o país.

Segundo o ministro, a decisão de acionar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Federal, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) foi baseada na informação recebida do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de que não havia, até aquele momento, evidências objetivas de um motivo técnico que pudesse explicar a gravidade do problema. Silveira ressaltou que, em janeiro, já haviam ocorrido casos de derrubada de torres de transmissão de energia elétrica, supostamente sabotadas, o que o levou a tomar a medida de acionar os órgãos de inteligência e segurança por precaução.

O ministro destacou ainda que o termo “apagão” não é adequado, pois não há riscos de suprimento energético no país. Silveira preferiu se referir ao incidente como um evento. Durante a audiência, o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, revelou que especialistas do setor elétrico já identificaram duas causas que contribuíram para o apagão: o desligamento da linha de transmissão 500kV Quixadá-Fortaleza, devido a uma atuação indevida do sistema de proteção, e uma falha em um regulador de tensão de uma usina, que demorou mais tempo do que o previsto para entrar em operação após a falha na linha de transmissão. Essa demora inesperada sobrecarregou o sistema, gerando um efeito em cascata.

Mesmo após o restabelecimento completo do fornecimento de energia, o ONS decidiu reduzir o volume de energia elétrica disponível na rede para garantir a estabilidade do sistema. Essa redução foi feita, principalmente, cortando parte da produção de energia eólica e solar. O diretor-geral do ONS explicou que essa medida foi adotada por precaução, uma vez que as causas do apagão ainda não haviam sido completamente identificadas.

A reunião na Câmara dos Deputados foi uma iniciativa dos parlamentares para esclarecer os incidentes ocorridos durante o apagão e discutir possíveis medidas preventivas para evitar novos problemas no sistema elétrico do país. O governo federal reforçou seu compromisso em manter a segurança e a qualidade do fornecimento de energia elétrica para a população, garantindo a continuidade do desenvolvimento do setor e a confiabilidade do sistema.

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