POLÍTICA – Meta responde questionamentos da AGU sobre mudanças nas políticas de moderação das redes: fim de checagem de fatos e liberação de ofensas.



A gigante da tecnologia Meta, responsável por controlar as redes sociais Facebook, Instagram e Whatsapp, respondeu na última segunda-feira (13) aos questionamentos da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre as mudanças em suas políticas de moderação. Entre as alterações está o fim do programa de checagem de fatos, que anteriormente identificava informações falsas circulando nas plataformas.

A AGU convocou uma reunião técnica para esta terça-feira (14) sob a coordenação da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, vinculada à AGU, para discutir as medidas em relação às mudanças anunciadas pela empresa norte-americana. Em nota, a AGU informou que se pronunciará sobre os próximos passos após essa análise e tornará público o teor da manifestação.

No encontro participarão representantes dos ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania, da Justiça e Segurança Pública, bem como da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom). A Meta anunciou na semana passada uma série de mudanças alinhadas à agenda do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que é contra a checagem de fatos e a favor da desregulamentação do ambiente digital.

Anteriormente, a Meta oferecia um serviço de checagem de fatos no Facebook e Instagram, realizado por profissionais de diversos países. Com o fim desse programa, a empresa adotou a política de “notas da comunidade”, permitindo que apenas usuários cadastrados contestem informações nas plataformas. Especialistas alertam que essa mudança favorece a propagação de notícias fraudulentas e o discurso de ódio contra minorias.

O documento da Coalizão Direitos na Rede critica as ações da Meta, alegando que a empresa prioriza os interesses dos Estados Unidos em detrimento da segurança dos consumidores. O ministro da AGU, Jorge Messias, defende ações do governo brasileiro para garantir o cumprimento da legislação nacional diante das alterações na Meta, enfatizando a importância da soberania nacional.

Portanto, a relação entre a gigante tecnológica Meta e o governo brasileiro continua sendo objeto de debate e análise, diante das mudanças em suas políticas de moderação e checagem de fatos. A postura adotada pela empresa e as repercussões dessas decisões seguem sendo acompanhadas de perto por órgãos competentes e especialistas da área.

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