Durante a viagem, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, assumirá o comando do país. A comitiva presidencial contará com vários ministros, incluindo Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e Mauro Vieira, das Relações Exteriores, além da primeira-dama Rosângela Lula da Silva e convidados.
A COP 28 terá como principal objetivo fazer um balanço da implementação do Acordo de Paris, estabelecido na COP 21 em 2015. Além disso, o Brasil deverá endossar o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, além de cobrar recursos para reparação e para uma transição justa para os países em desenvolvimento. Cada país signatário estabeleceu metas próprias de redução de emissão de gases de efeito estufa na COP 21, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC). O Brasil deverá reduzir suas próprias emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005, além de se comprometer a alcançar emissões líquidas neutras até 2050.
Após a COP 28, a COP 29 deverá definir um novo patamar para financiar a ação climática, e, na COP 30, que ocorrerá no Brasil, os países apresentarão suas novas NDCs.
Na sequência da viagem de Lula, a primeira parada foi em Riade, na Arábia Saudita, onde o presidente se reuniu com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. Além disso, Lula participará de um encontro com empresários sauditas e de um evento de promoção de produtos da empresa brasileira Embraer. No Catar, o presidente aproveitará o contato com lideranças políticas e empresariais para aprofundar e diversificar a relação bilateral e tratar da guerra entre Israel e o grupo político-militar palestino Hamas. A expectativa é que Lula também se reúna com o presidente Frank-Walter Steinmeier e com o primeiro-ministro Olaf Scholz na Alemanha, onde são esperados acordos para trocas de informações e investimentos em áreas como meio ambiente, bioeconomia, saúde, ciência e tecnologia e inovação.
A retomada das viagens internacionais ocorre dois meses após Lula se submeter a uma cirurgia para restaurar a articulação do quadril e marca um passo importante para a política externa do Brasil. Ao retornar, Lula recepcionará os chefes de Estado do Mercosul na cúpula que será realizada no Rio de Janeiro, em 7 de dezembro.