Durante a conversa, os líderes acertaram uma visita oficial ao México, que será liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A viagem está agendada para os dias 27 e 28 de agosto, e Alckmin deverá estar acompanhado de uma comitiva composta por empresários de diversos setores econômicos. Essa ação visa não apenas estreitar laços, mas também impulsionar a colaboração entre as duas economias.
Como resultado dessa interação, Lula propôs o início de negociações para um potencial aumento do acordo comercial entre Brasil e México, sugerindo que tal ampliação poderia favorecer uma expansão significativa do fluxo comercial entre as duas nações. Essa proposta demonstra a intenção de ambos os países em enfrentar juntos os desafios econômicos atuais.
Na ligação, os presidentes discutiram ainda áreas-chave que poderiam se beneficiar dessa maior colaboração. Os setores da indústria farmacêutica, agropecuária, etanol, biodiesel, aeroespacial, além de inovação e educação foram destacados como prioritários para a cooperação bilateral. A inclusão dessas áreas sugere uma visão estratégica que busca não apenas a troca de mercadorias, mas também o desenvolvimento conjunto de tecnologias e práticas sustentáveis.
Vale ressaltar que a visita de Alckmin ao México ocorre em um contexto de crescente pressão tarifária imposta pelos Estados Unidos, que recentemente anunciou um aumento nas tarifas sobre produtos brasileiros. Em um cenário em que Donald Trump, presidente norte-americano, já havia estabelecido tarifas sobre exportações mexicanas, a necessidade de fortalecer relações com países vizinhos torna-se ainda mais urgente. Alckmin, como principal interlocutor em negociações com empresários e o governo dos EUA, desempenha um papel crucial para mitigar os impactos dessas tarifas unilaterais e para fortalecer laços comerciais que poderiam oferecer alternativas frente a esse cenário adverso.
