Segundo Lula, o comportamento do Banco Central é o único aspecto desajustado na atual conjuntura brasileira. Ele afirmou que Campos não age de forma autônoma e que seu viés político prejudica mais do que ajuda o país. O ex-presidente comparou a suposta falta de autonomia de Campos com o período em que Henrique Meirelles estava à frente do BC e questionou se o atual presidente do banco possui mais independência do que seu antecessor.
Além disso, Lula criticou a atuação do BC em relação à taxa de juros, considerando-a desproporcional em relação à inflação controlada. Ele destacou que, durante suas viagens internacionais, autoridades estrangeiras manifestaram que o Brasil é visto com otimismo e recebeu grandes investimentos externos, o que, para ele, demonstra a desnecessidade da atual taxa de juros.
O ex-presidente também apontou contradições na política econômica, criticando a taxação de pequenas importações feitas por pessoas mais simples, enquanto setores com altos lucros recebem desonerações. Lula ressaltou a importância de discutir de forma séria o orçamento com diversos setores da sociedade e reiterou seu compromisso com as pessoas mais humildes do país.
Sobre uma possível candidatura à reeleição, Lula afirmou que, apesar de não querer discutir o assunto no momento, considera a possibilidade para evitar que governantes anteriores voltem ao poder. Ele destacou sua responsabilidade com o Brasil e afirmou que não permitirá que o país seja governado por um “fascista negacionista”.
Em suma, as declarações de Lula refletem suas preocupações com a situação econômica do país e sua postura em relação ao atual governo e possíveis desafios políticos futuros.