Os minerais em questão, como lítio, cobalto, níquel e grafite, são fundamentais para várias indústrias estratégicas, incluindo tecnologia, defesa e energia renovável. Com um vasto território ainda não explorado, apenas 30% do Brasil já foi objeto de pesquisa mineral. Em uma coletiva de imprensa, Lula expressou sua determinação em formar parcerias globais com países que possuem a expertise necessária para transformar o Brasil em uma potência econômica. Ele ressaltou a necessidade de garantir acesso a esses recursos para o desenvolvimento sustentável do país.
Além disso, o presidente mencionou a relevância da Rússia como um aliado não apenas na questão de minerais, mas também em setores como óleo, gás e energia nuclear. Lula enfatizou que é crucial garantir fontes de energia dinâmica e confiável, já que a volatilidade de fontes como a solar e a nuclear requer uma abordagem diversificada na matriz energética. O Brasil, em sua ambição de se tornar uma das principais economias do mundo, deve assegurar um fornecimento constante de energia.
A visita de Lula a Moscou também aconteceu em um contexto de celebrações pela vitória da União Soviética sobre o nazismo, com um desfile militar marcando a data. Durante o encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, o brasileiro abordou a necessidade de equilibrar o déficit comercial entre os dois países, que atualmente gira em torno de US$ 11 bilhões. O Brasil importa produtos cruciais como fertilizantes e óleo diesel, enquanto exporta principalmente itens do agronegócio, como soja e carne.
Ao longo da missão, dois acordos foram firmados, um focado em ciência e tecnologia e outro voltado para fortalecer a pesquisa científica. Além disso, a primeira-dama Janja Lula da Silva também esteve presente, promovendo iniciativas sobre educação e cultura, e visitou a Universidade Estatal de São Petersburgo, onde Lula foi convidado a receber o título de doutor honoris causa.
Em relação à sua agenda internacional, Lula embarcou rumo à China para participar de uma cúpula com países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, onde diversos acordos bilaterais devem ser assinados. Ele também anunciou a necessidade de delegar a presença na missa de posse do novo papa ao vice-presidente, considerando sua preparação para uma futura visita à França, que incluirá a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas.