Em um evento realizado em Cachoeira dos Índios, no sertão da Paraíba, Lula enfatizou a urgência de agilizar o atendimento médico. “A pessoa precisa ir ao médico, ter o diagnóstico, a receita e, se necessário, ser encaminhada ao especialista em um curto espaço de tempo. Esperar dois ou três meses é inaceitável”, declarou o presidente, referindo-se à necessidade de uma resposta mais rápida diante das demandas de saúde da população.
Durante sua visita, o presidente também participou da entrega de um projeto significativo: o Ramal do Apodi, que integra a transposição das águas do Rio São Francisco. Com 115,5 quilômetros de extensão, a estrutura conecta a Barragem Caiçara, na Paraíba, à Barragem Angicos, no Rio Grande do Norte, com uma capacidade de vazão de 40 m³/s. Esta obra, que já está 74,83% concluída e está prevista para ser finalizada em outubro de 2026, beneficiará cerca de 750 mil pessoas em 54 municípios da região.
Lula expressou seu compromisso com o projeto de transposição das águas, evocando a história da iniciativa, que data do Império, em 1846, e só foi concretizada sob sua liderança. “Fazer é uma questão de coragem e empatia. É preciso entender profundamente as dificuldades que a população enfrenta”, afirmou o presidente, ao abordar a importância de atender às necessidades das classes menos favorecidas.
Além disso, Lula tomou tempo para abordar outras iniciativas do governo, tais como programas de crédito para reformas residenciais e a aquisição de motocicletas para motoentregadores, além de isenções nas contas de luz para 60 milhões de consumidores de baixa renda.
As atividades do presidente fazem parte do projeto Caminho das Águas, uma ação do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, que teve início no dia 25 e percorre o sertão nordestino. O projeto visa não apenas a conclusão da transposição, mas também a implementação de ações de revitalização de açudes e melhorias em irrigação, com um investimento total em torno de R$ 12 bilhões desde 2007 no Projeto de Integração do São Francisco.
A necessidade de um olhar atento para as questões hídricas e de saúde foi reiterada por Lula, ressaltando que o futuro das comunidades nordestinas depende não apenas de grandes obras, mas também de uma gestão sensível às necessidades reais das pessoas.
