POLÍTICA –

Lula Anuncia Investimentos em Saúde e Educação para Reparar Danos Causados pelo Rompimento da Barragem em Mariana

Em um significativo passo em direção à reparação dos danos causados pelo catástrofe da Barragem do Fundão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou, na última quinta-feira (12), novas iniciativas do governo federal. As ações, parte de um acordo atualizado, visam mitigar os impactos social e ambiental resultantes do rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, ocorrido em 2015. As diretrizes anunciadas incluem investimentos em áreas cruciais como saúde, educação, assistência técnica e transferência de renda aos habitantes da Bacia do Rio Doce, além de promover a participação social na formulação de projetos.

Durante seu discurso, Lula enfatizou a responsabilidade do governo em efetivar as ações prometidas e instou seus ministros a garantirem que estas se concretizem. Ele destacou a complexidade do trabalho de recuperação, mencionando a necessidade de planejamento detalhado para reverter os danos. “Recuperar a bacia não é simples como plantar uma árvore. Precisamos de um conjunto de tarefas especiais para determinar como vamos avançar”, alertou o presidente.

Essas iniciativas incluem o início de pagamentos de assistência financeira a agricultores familiares e pescadores afetados pela tragédia, com valores que totalizarão 1,5 salário mínimo, estendendo-se por 36 meses. O investimento total previsto para essas famílias atinge R$ 3,7 bilhões nos próximos quatro anos, abrangendo aproximadamente 37 mil lares. Além disso, foi anunciada a construção de um hospital universitário em Mariana, com um investimento de R$ 170 milhões, que prestará serviços em média e alta complexidade.

O governo também firmou parcerias com entidades para assegurar assistência técnica independente, buscando promover a inclusão social nas comunidades impactadas. Paralelamente, foi lançado um edital para a seleção de representantes da sociedade civil que integrarão um novo Conselho Federal de Participação Social, cujo papel será monitorar a execução das ações e deliberar sobre projetos comunitários.

A barragem, que pertencia à mineradora Samarco, provocou um dos piores desastres ambientais do país, deixando um rastro de destruição que se estendeu por 633 quilômetros e tirou a vida de 19 pessoas. O novo acordo, assinado em outubro de 2024, preveem R$ 132 bilhões para reparação, sendo R$ 100 bilhões oriundos de novos recursos a serem pagos pelas empresas envolvidas por um prazo de até 20 anos.

No entanto, a insatisfação persiste entre os afetados, conforme apontado por representantes das vítimas. O Programa Indenizatório Definitivo é criticado por seus valores considerados insuficientes para cobrir as perdas. Além disso, muitos ainda aguardam reparação, destacando a urgência de uma resposta efetiva às suas demandas. A busca por justiça continua, e as vozes daqueles que sofreram as consequências da tragédia permanecem ativas na luta por uma reparação justa e digna.

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