Em um encontro com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador gaúcho, Eduardo Leite, e líderes do Legislativo e do Judiciário, Haddad revelou que os juros incidentes sobre a dívida, que somam cerca de 4% ao ano, também serão perdoados durante o mesmo período. Essa medida representa um alívio para o Rio Grande do Sul, cujo estoque da dívida com a União está em torno de R$ 100 bilhões.
De acordo com o ministro, a proposta de suspensão da dívida e renúncia dos juros será encaminhada ao Congresso Nacional para aprovação. A ideia é que os valores que seriam destinados ao pagamento da dívida sejam depositados em um fundo exclusivo para a reconstrução da infraestrutura do estado, que necessita de urgentes investimentos para se recuperar do desastre natural.
O presidente Lula, por sua vez, enfatizou o compromisso das instituições em apoiar a recuperação total do Rio Grande do Sul e garantiu que as medidas necessárias serão aprovadas. O governador Eduardo Leite agradeceu a interlocução do governo federal e reconheceu a importância dessa suspensão de pagamento da dívida, embora aponte que ainda serão necessários mais apoios para a reconstrução do estado.
Diante de uma situação dramática causada pelas enchentes, a suspensão da dívida é vista como um alívio temporário, mas ainda insuficiente para resolver todos os problemas enfrentados pelo Rio Grande do Sul. O governador ressaltou a necessidade de continuar negociando e solicitando auxílios para garantir a completa reconstrução do estado.
O comprometimento do governo federal em apoiar o Rio Grande do Sul nesse momento de dificuldade foi reforçado pelo presidente Lula, que destacou a importância de manter o diálogo aberto para atender todas as demandas necessárias. A catástrofe vivenciada pelo estado exige uma ação conjunta e rápida para a recuperação plena da região afetada.