Política Externa: Lula prefere manter amizade ‘tóxica’ com Maduro em detrimento dos direitos humanos e democracia no Brasil e na Venezuela.

No último encontro entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Venezuela, Nicolás Maduro, durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a cooperação entre os dois países foi o ponto central da agenda. Questões delicadas, como a repressão interna no país vizinho, a existência de presos políticos, candidatos inabilitados e denúncias de violações dos direitos humanos, foram deixadas de fora da conversa, de acordo com uma fonte do governo brasileiro.

Durante o encontro, uma consulta rápida de Lula sobre as eleições presidenciais na Venezuela foi respondida por Maduro afirmando que elas aconteceriam no segundo semestre, com a data finalmente anunciada para 28 de julho dias depois.

A postura de Lula em relação a Maduro tem sido objeto de críticas e análises. Especialistas como Dawisson Belém Lopes, professor de Política Internacional, consideram a proximidade entre os presidentes como algo “tóxico”, destacando a complexidade da situação geopolítica envolvendo atores como EUA, China, Rússia e Argentina.

Apesar das críticas, Lula se mantém firme em sua posição de apoio a Maduro. Ele busca evitar qualquer movimento que possa ameaçar a relação com o governo venezuelano, mesmo que isso tenha um alto custo político interno. Essa postura tem gerado divergências e questionamentos, tanto no Brasil quanto internacionalmente.

O presidente brasileiro tem dialogado com outros líderes mundiais, como o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e planeja discutir a situação na Venezuela com o presidente francês, Emmanuel Macron. No entanto, as escolhas de Lula têm sido motivo de críticas e desgaste de sua imagem internamente, conforme apontam pesquisas recentes.

A abordagem de Lula sobre a Venezuela é percebida por alguns como uma questão de interesses ideológicos, enquanto outros defendem que a defesa da democracia deveria ser uma prioridade, tanto interna quanto externamente. O Itamaraty mantém uma postura profissional, mas há a percepção de que o Brasil teria muito a ganhar se a situação na Venezuela fosse normalizada, levando em consideração interesses econômicos, comerciais e de segurança na região.

Portanto, a relação entre Lula e Maduro segue sendo objeto de análises e debates, enquanto a situação na Venezuela continua preocupando a comunidade internacional.

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