O silêncio de Cabral de Melo foi respaldado por um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, garantindo seu direito de não falar na CPI. Em sua breve declaração, o ex-engenheiro mencionou que está sendo investigado e enfrenta inquéritos policiais, tendo tido seus sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático violados pela comissão do Senado.
Diante das questões do relator da CPI, senador Rogério Carvalho, Cabral de Melo se manteve em silêncio, mesmo diante das graves acusações de problemas documentados nas minas enquanto ele era o engenheiro responsável. O ex-funcionário da Braskem começou a trabalhar nas minas em 1976 e continuou atuando como consultor após sair da empresa em 1997.
A CPI da Braskem, instalada em dezembro de 2023, está prestes a apresentar seu relatório final no Senado, com previsão para a próxima quarta-feira (15). O prazo para a conclusão dos trabalhos é o dia 22, e o texto final deve passar pela aprovação da maioria dos membros. Enquanto isso, as investigações buscam esclarecer o papel de Cabral de Melo e outros envolvidos nas atividades da Braskem em Maceió.