A entrada da PF nesse caso foi determinada pelo ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, logo após uma reunião com a deputada. Almeida Neto mencionou no documento a “suposta prática dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade, cometidos contra a deputada durante o exercício do seu mandato e atividade política”.
As câmeras, que foram encontradas por assessores da parlamentar em um apartamento alugado por ela na Asa Norte, consistiam em quatro câmeras espiãs, microfones, cabos de internet, um aparelho gravador DVR e um modem. Conforme relata a PF, foi possível identificar 164.325 registros audiovisuais a partir do aparelho.
Durante as investigações preliminares, laudos e exames periciais foram realizados, indivíduos foram identificados, qualificados e prestaram declarações. Após aproximadamente oito meses, a perícia realizada no gravador DVR confirmou que as câmeras estavam funcionando adequadamente, porém ainda não foi esclarecido se as imagens foram acessadas remotamente. O foco principal da Polícia Federal será o gravador das imagens encontrado no apartamento.
A deputada Dayany Bittencourt ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso, e a expectativa é de que novas informações e desdobramentos da investigação sejam divulgados nos próximos dias. A PF está empenhada em esclarecer os detalhes do ocorrido e garantir a segurança e privacidade dos parlamentares em exercício.