Lula garantiu que o Brasil fará um novo aporte de recursos para ações humanitárias na região, em contrapartida aos cortes anunciados por mais 10 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, e Itália. Esses cortes foram anunciados após Israel ter denunciado o envolvimento de funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em ataques realizados pelo grupo palestino Hamas no país, em outubro do ano passado.
O governo israelense defendeu a extinção da UNRWA e a substituição por outras agências. No entanto, a entidade afastou os acusados e criticou a suspensão dos repasses financeiros. O chefe da UNRWA, Phillipe Lazzarine, afirmou que as alegações envolvem apenas um grupo pequeno de funcionários e ressaltou que a vida das pessoas na Faixa de Gaza depende das contribuições internacionais.
A UNRWA é responsável por ações humanitárias na região, incluindo a construção e administração de escolas, abrigos para desalojados, clínicas médicas e distribuição de alimentos. Além disso, é um importante contratante de mão de obra em uma região com alta taxa de desemprego.
O presidente brasileiro ainda cobrou que as lideranças mundiais tenham um comportamento mais responsável em relação à questão humana. Ele também defendeu que o Estado palestino seja reconhecido definitivamente como Estado pleno e soberano. Lula ainda se posicionou a favor de uma reforma na ONU, ampliando as participações no Conselho de Segurança e extinguindo o direito de veto de alguns países.
Em meio a essas tensões, a Irlanda anunciou a retomada das contribuições para a UNRWA. O chefe da entidade agradeceu o país e pediu que outras nações sigam o mesmo caminho, enfatizando a gravidade do desastre humanitário em Gaza. Ele ressaltou que não há substituto para o papel da UNRWA na ausência de uma solução política genuína.