Segundo o parlamentar, a impossibilidade de recontagem dos votos em diversos níveis eleitorais reduz a transparência do sistema eleitoral do país. A proposta em análise na CCJ permitiria que os órgãos nacionais dos partidos políticos solicitem a recontagem dos votos, tanto de forma física quanto digital, em um prazo de 48 horas após a divulgação oficial dos resultados eleitorais.
O relator do projeto na CCJ, deputado José Medeiros, apresentou modificações no texto original. Uma das alterações propostas é a realização da contagem pública de 5% das urnas eletrônicas de forma aleatória, logo após o término da votação. Essa medida visa aumentar a transparência e a confiabilidade do processo eleitoral, sem comprometer a rapidez da apuração dos resultados.
No entanto, a análise do relatório de Medeiros foi interrompida devido a um pedido de vista de alguns deputados. Enquanto isso, o movimento Pacto Pela Democracia manifestou-se contra a aprovação do projeto, alegando que ele representaria um retrocesso ao instituir o voto impresso no Brasil. Para as entidades que integram o movimento, a proposta alimentaria a desconfiança no sistema de votação e poderia comprometer a segurança e a integridade do processo eleitoral.
Diante disso, a discussão em torno do projeto de lei que permite a recontagem física de votos continua gerando debates e opiniões divergentes. Enquanto alguns argumentam a favor da medida como forma de aumentar a transparência eleitoral, outros alertam para os riscos de retrocesso e de desconfiança no sistema de votação eletrônico vigente no país. O desfecho desse debate promete impactar diretamente a forma como as eleições são conduzidas no Brasil e a confiança da população no processo democrático.