Segundo o chanceler, mais de 20 mil soldados brasileiros lutaram ao lado dos Aliados contra o fascismo e o nazismo, e a contribuição da antiga União Soviética foi crucial para a derrota do regime nazista na Europa. Ele destacou que a URSS perdeu cerca de 26 milhões de cidadãos durante o conflito, sendo 20 milhões apenas da Rússia, e que a presença do exército soviético foi determinante para o desfecho da guerra.
A visita de Lula gerou controvérsias e críticas, especialmente da oposição e de parte da mídia, que interpretaram o ato como um ato de solidariedade ao presidente russo, Vladimir Putin, em um momento em que a Rússia está envolvida em um conflito armado na Ucrânia. Em resposta, Vieira reforçou que Lula sempre se manifestou contra a invasão da Ucrânia, porém, defendeu a importância do diálogo com todas as nações, incluindo a Rússia, como parte de uma estratégia para encontrar uma solução pacífica e respeitosa.
Além de reafirmar a disposição do Brasil para colaborar com a China em busca de uma resolução negociada para o problema ucraniano, o chanceler destacou o caráter multilateral da diplomacia brasileira, que visa manter relações construtivas com diferentes países. Ele também lembrou que a visita abordou interesses bilaterais, como o comércio que gira em torno de US$ 12 bilhões, em especial nas áreas de fertilizantes para a agricultura brasileira.
Em outra frente, Vieira foi convocado para explicar ao Senado a concessão de asilo político à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, que enfrenta condenação por corrupção. O chanceler argumentou que a decisão se fundamentou em questões humanitárias, uma vez que Heredia está em recuperação de uma cirurgia grave e seu filho menor de idade ficaria sem assistência. Vieira afirmou que o Brasil atua dentro de acordos internacionais que regulamentam esse tipo de asilo, enfatizando que a decisão foi meramente protocolar e urgencial, desassociada de discussões de mérito.