Com a desistência de Rosângela, o Conselho de Ética teve que sortear um novo nome nesta quarta-feira (24): o deputado Jorge Solla (PT-BA). Rosângela foi a quarta pessoa a desistir de relatar o caso, que pode resultar na cassação do mandato de Brazão. Nas últimas sessões do conselho, os três primeiros parlamentares sorteados também desistiram de assumir a relatoria.
Agora, com o novo nome sorteado, o presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União-BA), terá a responsabilidade de escolher o relator entre os deputados Joseildo Ramos (PT-BA), Jorge Solla (PT-BA) e Jack Rocha (PT-ES). A escolha do relator está programada para a próxima sessão, que ainda não possui data definida.
A deputada Rosângela Reis, que votou a favor da libertação de Brazão em uma sessão anterior, não revelou o motivo de sua desistência. A parlamentar não retornou aos contatos da reportagem para esclarecer sua decisão.
Por sua vez, Chiquinho Brazão teve a oportunidade de se pronunciar no Conselho de Ética, onde afirmou sua inocência e pediu para que, caso seja absolvido, os deputados se retratem publicamente. Ele reforçou que provará sua inocência e ressaltou a importância de zelar pela reputação de sua família.
As investigações sobre o assassinato de Marielle Franco apontam que o crime foi motivado por questões fundiárias envolvendo milícias no Rio de Janeiro. O relatório da Polícia Federal destaca uma divergência entre a vereadora e o grupo político de Chiquinho Brazão em relação a um projeto de lei municipal. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou a motivação do crime durante as investigações.
Diante de um cenário complexo e cheio de reviravoltas, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados segue avaliando a representação contra Chiquinho Brazão, enquanto a história de Marielle Franco e Anderson Gomes permanece marcada pela tragédia e pela luta por justiça.