Zambelli deixou o Brasil após a sentença, sendo considerada uma fugitiva e incorporada na lista de procurados da Interpol. A confirmação de sua detenção na Itália foi divulgada por fontes da Polícia Federal, que acompanharam os desdobramentos do caso ao longo dos últimos meses. A parlamentar havia se esquivado das autoridades brasileiras, que buscavam sua captura desde o momento em que ela evadiu-se do país.
O deputado italiano Angelo Bonelli, que foi um dos responsáveis por levar à prisão de Zambelli, escreveu em uma rede social que havia fornecido à polícia o endereço do apartamento onde a deputada estava hospedada em Roma. Em sua publicação, Bonelli afirmou: “Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Dei o endereço à polícia, e a polícia já está identificando Zambelli.” A declaração de Bonelli revela não apenas a colaboração entre autoridades italianas e brasileiras, mas também a preocupação de legisladores italianos em não permitir que cidadãos utilizem a cidadania italiana para evitar as consequências de seus atos em outros países.
Em junho deste ano, Bonelli havia manifestado publicamente seu interesse em acelerar o processo de extradição da deputada, enfatizando que a cidadania italiana não deve ser um escudo para escapar da Justiça. Essa posição reflete uma postura mais rigorosa em relação a crimes cometidos por membros da política, um tema que ganhou maior notoriedade recentemente.
A condenação de Zambelli foi proferida em maio, e, logo após, sua fuga foi concretizada, levantando questões sobre a responsabilidade dos políticos em relação às leis e à ética no exercício de suas funções. O caso segue sendo acompanhado com atenção tanto no Brasil quanto na Itália, onde as autoridades buscam assegurar que a Justiça prevaleça, independentemente da nacionalidade dos envolvidos.