POLÍTICA – Câmara dos Deputados aprova projeto que reformula seguro obrigatório de veículos terrestres, com gestão pela Caixa e novo fundo para indenizações.

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que traz mudanças significativas no seguro obrigatório de veículos terrestres. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 233/23, proposto pelo Poder Executivo, agora seguirá para apreciação no Senado. O texto foi aprovado com um substitutivo elaborado pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que inclui a gestão do fundo para pagamento de indenizações pela Caixa Econômica Federal.

O projeto também estabelece que entre 35% e 40% do valor arrecadado com o prêmio do seguro obrigatório seja direcionado aos municípios e estados que possuem serviços municipais ou metropolitanos de transporte público coletivo. Desde 2021, a Caixa vinha operando o seguro de forma emergencial após a dissolução do consórcio de seguradoras privadas que administrava o antigo Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos (Dpvat).

Com a nova regulamentação, o seguro obrigatório passa a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (Spvat) e promete trazer mais eficiência na cobrança e pagamento de indenizações. Além disso, o projeto prevê a inclusão de penalidades no Código de Trânsito Brasileiro para os casos de não pagamento do seguro obrigatório, tornando a quitação uma exigência para o licenciamento anual, transferência ou baixa de veículos.

Outra novidade é a possibilidade de reembolso de despesas médicas e hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito, garantindo suporte financeiro para tratamentos médicos específicos. O projeto também estabelece um prazo máximo de três anos para solicitação de indenização e prevê juros moratórios em caso de atraso no pagamento.

Essas mudanças visam trazer mais segurança e eficiência para o sistema de seguro obrigatório de veículos terrestres, garantindo assistência adequada às vítimas de acidentes de trânsito e um processo mais transparente e ágil para o pagamento de indenizações. O projeto agora segue para análise no Senado, onde será discutido e votado pelos senadores.

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