O projeto, que teve 43 votos favoráveis e sete contrários, estabelece que os agentes da Guarda Municipal deverão passar por treinamento específico, além de poder utilizar armas de menor potencial ofensivo. Dos 51 parlamentares presentes na sessão, a vereadora Rosa Fernandes (PSD) optou por não votar.
Após a aprovação em primeira discussão, a proposta agora aguardará um intervalo de pelo menos dez dias, conforme previsto no Regimento Interno da Casa, antes de ser votada em segunda discussão. Esse será o último passo antes de o projeto ser encaminhado para a sanção ou veto do Poder Executivo.
O vereador Dr. Gilberto (SD), autor do substitutivo aprovado, destacou a importância da medida para a segurança dos cariocas, ressaltando que a guarda armada é fundamental para garantir a qualidade de vida da população. Para ele, a decisão representa um avanço significativo para a cidade.
Por outro lado, a vereadora Thais Ferreira (PSOL) manifestou sua preocupação com a política de segurança baseada na lógica do enfrentamento, destacando que as políticas armamentistas podem colocar os cidadãos em risco. Ela defendeu que uma cidade que busca ser antirracista e não truculenta não deve aumentar a presença de armas nas ruas.
Já o vereador Pedro Duarte (Novo) enfatizou a necessidade de discutir e implementar uma Guarda Municipal armada, treinada e qualificada, à semelhança de outras cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. Ele acredita que isso garantirá um serviço de qualidade aos cidadãos.
A decisão da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro em aprovar o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal é um tema que continua gerando debate e polêmica entre os representantes políticos e a população da cidade. A expectativa agora é para a votação em segunda discussão e a definição sobre a implementação efetiva dessa medida.