POLÍTICA – “Agressividade sem precedentes: Policial relata violência e atuação organizada dos vândalos nos atos golpistas de 8 de janeiro”

No depoimento prestado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), a cabo da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Marcela da Silva Morais Pinno, afirmou que nunca tinha testemunhado uma manifestação tão violenta e agressiva como a ocorrida no dia 8 de janeiro, durante os atos golpistas na Praça dos Três Poderes. Marcela Pinno, que foi promovida a cabo por atos de bravura após sua atuação no evento, destacou que alguns dos vândalos agiram de forma organizada, instigando os demais a atacarem os prédios públicos.

No dia da invasão, a policial atuou na linha de frente e, durante a confusão, foi jogada da cúpula do Congresso Nacional, além de ter sido agredida pelos manifestantes. Ela relatou ter sido arrastada e que alguns deles tentaram roubar sua arma. Marcela Pinno afirmou que a violência observada na manifestação foi surpreendente e nunca tinha presenciado algo similar. Ela ainda destacou que os agressores não se enquadravam no perfil de manifestantes, mas sim de vândalos.

Questionada sobre uma possível atuação orquestrada, a policial confirmou que alguns agitadores tentavam incentivar os outros a avançarem. Ela também mencionou que alguns dos vândalos utilizavam luvas e máscaras de proteção contra produtos químicos. A participação da policial no depoimento chamou atenção para a organização e planejamento por trás dos atos violentos no dia 8 de janeiro.

Durante a sessão, o deputado Rogério Correia (PT-MG) trouxe à tona um documento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que alertava para a presença de grupos com discurso de ruptura constitucional no acampamento em frente ao Quartel General de Brasília. Esses grupos eram compostos por caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e pelos chamados “boinas vermelhas”, extremistas que se identificam como militares da reserva de brigadas de paraquedistas do Exército brasileiro.

Diante das revelações feitas durante o depoimento da cabo Marcela Pinno, fica evidente a gravidade da situação ocorrida durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro. A violência extrema e a evidência de uma atuação coordenada por parte dos vândalos revela a necessidade de investigações mais aprofundadas para responsabilizar os envolvidos por seus atos criminosos. Um episódio como esse não pode ser tolerado em uma democracia, onde as manifestações pacíficas são um direito do cidadão, mas o vandalismo e a violência são inaceitáveis.

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