O episódio se desenrolou em 7 de agosto do ano passado, durante um evento musical no Clube Sírio, situado na Zona Sul da capital. Na ocasião, Velozo, que estava fora do serviço e sem uniforme, se envolveu em uma altercação com Leandro. O confronto culminou em um disparo que atingiu a cabeça do atleta. Embora Leandro tenha sido socorrido imediatamente, ele não resistiu aos ferimentos, faleceu ao dar entrada no hospital. Desde o ocorrido, Velozo permaneceu mais de três anos em prisão preventiva, enfrentando acusações de homicídio qualificado.
Recentemente, no último dia 14, o tenente foi absolvido em um julgamento que aceitou sua defesa de legítima defesa. Com a decisão, Velozo foi libertado no dia 15 e, segundo informações de seus advogados, deverá retornar à corporação em breve. O julgamento, que atraiu atenção da mídia e da sociedade, também foi acompanhado de perto pela mãe de Leandro, Fátima Lo. Em um desabafo emocionado em vídeo, ela considerou a absolvição do policial como um ato de “impunidade”, lamentando ainda mais a perda do filho, afirmando ter “enterrado o filho pela segunda vez”.
A repercussão negativa em torno do julgamento levou o Ministério Público a anunciar que pretende recorrer da sentença. O promotor João Carlos Calsavara, que acompanhou o caso, descreveu o júri como “complicado” e sinalizou a possibilidade de anulação da decisão, embora os detalhes sobre as razões para tal ação ainda não tenham sido divulgados.
Esse caso complexo não apenas ilustra a tensão entre a aplicação da lei e as expectativas da sociedade em relação à justiça, mas também levanta questões cruciais sobre a legítima defesa e a responsabilidade na atuação policial. A história de Leandro Lo ressoa entre aqueles que buscam por justiça e mudança em um sistema frequentemente visto como falho.









