Policiais civis de São Paulo são presos em operação que desarticula organização criminosa ligada ao PCC em zona leste.



A cidade de São Paulo foi palco de uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo que resultou na prisão de diversos policiais civis, incluindo um delegado e o chefe de um núcleo especializado em investigar o crime organizado na zona leste. Esses policiais são acusados de integrarem uma quadrilha envolvida em crimes graves, como homicídio, lavagem de dinheiro, crimes contra a administração pública e outros delitos de extrema gravidade.

Um dos policiais presos, o delegado Fábio Baena, foi apontado em uma delação premiada como tendo recebido propina e participado de esquemas ilícitos relacionados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do país. Outros policiais, como o investigador-chefe Eduardo Monteiro e o investigador Marcelo Roberto Ruggieri, também foram detidos por envolvimento em crimes semelhantes.

O policial Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, também teve sua prisão decretada, mas até o momento ele permanece foragido. A organização criminosa formada pelos policiais, segundo autoridades judiciais, atuava em conjunto com o PCC, o que evidencia a gravidade dos crimes cometidos.

Além disso, os policiais estão sendo investigados por possível envolvimento no assassinato de um corretor de imóveis e por práticas de corrupção, extorsão e lavagem de dinheiro. As investigações apontam para o relacionamento estreito dos policiais com membros do crime organizado, o que levou à deflagração da Operação Tacitus, que resultou na prisão dos suspeitos.

A defesa dos policiais detidos alega que as prisões foram arbitrárias e midiáticas, contestando a validade das denúncias apresentadas. No entanto, as autoridades sustentam que as provas obtidas durante as investigações são robustas e indicam a participação dos policiais em atividades criminosas.

A Operação Tacitus cumpriu oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em diversas cidades do estado de São Paulo, desmantelando uma organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro e a crimes contra a administração pública. Os envolvidos poderão responder por uma série de crimes, com penas que somadas podem chegar a 30 anos de prisão.

Em meio a essa complexa operação policial, a sociedade paulistana se vê diante de um caso de corrupção e conluio entre agentes da lei e criminosos que abala a confiança na segurança pública e coloca em xeque a integridade das instituições responsáveis pelo combate ao crime. A população aguarda agora o desenrolar das investigações e a punição exemplar dos envolvidos nesse esquema criminoso.

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