Polícia prende suspeito de comandar ataque criminoso em assentamento do MST que deixou três mortos em Tremembé, São Paulo. Investigação da PF está em andamento.



No último sábado, 11 de janeiro de 2025, a Polícia Civil de São Paulo anunciou a prisão de um homem considerado o principal suspeito de comandar um ataque brutal a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, uma cidade do interior paulista. O ataque, que ocorreu por volta das 23 horas do dia anterior, resultou em três mortes e cinco feridos, envolvendo um grupo de homens armados que invadiu o local em veículos e motocicletas, disparando indiscriminadamente contra os moradores.

O indivíduo, que não teve sua identidade divulgada, tem 41 anos e possui um histórico criminal relacionado ao porte ilegal de arma de fogo. As autoridades afirmam que a investigação foi facilitada pelo reconhecimento do suspeito por testemunhas que estavam presentes no assentamento Olga Benário durante o ataque. De acordo com o delegado responsável pelo caso, o homem confessou sua participação no crime, embora outros possíveis co-autores ainda estejam sendo procurados pela polícia.

As vítimas do ataque incluem Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, de 52 anos, que foram mortos no local. Denis Carvalho, de 29 anos, foi levado ao hospital com ferimentos graves, mas não sobreviveu após ser submetido a um coma induzido. Os outros feridos foram transferidos ao Hospital Regional de Taubaté, onde passaram por cirurgias para a remoção de projéteis.

Em resposta à gravidade da situação, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal iniciasse um inquérito para investigar o ataque. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou a importância da situação e pediu ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que acompanhasse de perto as investigações. Além disso, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania afirmou que está trabalhando para fornecer apoio às lideranças e aos membros do assentamento afetados pelo ataque.

Este trágico evento destaca não apenas a vulnerabilidade dos assentamentos rurais no Brasil, mas também a urgência de respostas adequadas das autoridades para garantir a segurança e os direitos dos trabalhadores rurais, em um contexto frequentemente marcado por conflitos de terra e violência.

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