Polícia nega envolvimento de viatura em execução de delator do PCC no aeroporto de Guarulhos; investigação segue.



Integrantes da força-tarefa que apura detalhes sobre a morte do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) Vinícius Gritzbach desconsideraram a participação de um policial civil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no momento do crime, ocorrido em 8 de novembro. O investigador Alfredo Alexander Raspa da Silva, lotado no Departamento de Investigações Criminais (Deic), havia chamado atenção da equipe de investigação ao circular na área de desembarque de passageiros com uma viatura sem identificação e placa adulterada.

Registros das câmeras de segurança do aeroporto mostraram o momento em que o policial foi avistado, à distância, tirando fotos do local onde os policiais cercavam o corpo de Gritzbach logo após o crime. Contudo, dois integrantes da força-tarefa afirmaram que as declarações e documentos apresentados pelo policial à Corregedoria da Polícia Civil afastaram as suspeitas de sua participação na execução.

Segundo informações obtidas pelo Metrópoles, o policial responderá administrativamente por adulteração de placa, conduta considerada grave, podendo resultar em sua demissão. No entanto, ele foi, de acordo com fontes policiais, inocentado de qualquer envolvimento no assassinato do delator.

Raspa da Silva justificou sua presença no aeroporto, alegando que tinha uma viagem programada para o Rio Grande do Sul, onde participaria de um curso de tiro de precisão ministrado por um sargento do Exército. Para comprovar sua versão, o investigador entregou prints de mensagens de WhatsApp, comprovante de transferência Pix, reserva de veículo em Porto Alegre e bilhetes aéreos adquiridos em 18 de outubro.

A adulteração na placa da viatura, de acordo com o policial, foi uma medida emergencial para evitar multas de trânsito por excesso de velocidade. No entanto, suspeita-se que Raspa não tinha conhecimento de que veículos policiais estão isentos de infrações de trânsito. Seu embarque para o Rio Grande do Sul, marcado para às 15h10, foi desviado devido a um equívoco no terminal de embarque.

A investigação sobre a morte de Vinícius Gritzbach também envolve outros policiais civis, como o delegado Fabio Baena e os investigadores Rogério Felício e Eduardo Monteiro, suspeitos de extorsão ao delator. Gritzbach, em delação premiada ao Ministério Público de São Paulo, afirmou que os agentes tentaram extorqui-lo em troca de proteção nas investigações envolvendo a morte de membros do PCC.

Os desdobramentos desse caso complexo continuam a ser acompanhados de perto pelas autoridades, à medida que novas informações surgem e contribuem para esclarecer os fatos envolvendo a morte do delator do PCC.

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