Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o escritório já conseguiu captar mais de R$ 17,5 milhões em emendas parlamentares em cerca de um ano e meio. Esses recursos foram direcionados para a aquisição de viaturas, armamentos, equipamentos de proteção e apoio a programas de policiamento.
O coronel Rodrigo Quintino, responsável pela sucursal da PM de São Paulo, ressalta que o escritório não deve ser visto com maus olhos, apesar de ser comumente associado a conotações negativas. Ele destaca que se trata de uma ferramenta de relações institucionais, com foco no monitoramento do processo legislativo, captação de recursos a nível federal e agilização de procedimentos burocráticos em Brasília.
Apesar de operar há mais de um ano, a representação ainda não foi oficialmente regulamentada pelo governo Tarcísio. Os policiais que lá atuam continuam em fase de “desenvolvimento e instalação” do escritório. Por isso, o governo de SP publica no Diário Oficial a renovação da autorização para que os PMs permaneçam em Brasília sem prejuízos salariais, com despesas pagas pelo estado.
Uma das principais atribuições dos representantes da PM em Brasília é o acompanhamento de pautas legislativas que afetam a segurança pública do estado, como as saidinhas temporárias e o uso de câmeras corporais. Eles realizam visitas aos gabinetes dos deputados e senadores paulistas, participam de comissões e assessoram os parlamentares com informações institucionais.
O trabalho junto ao Judiciário também é destacado pelo coronel Quintino, com os representantes da PM oferecendo subsídios e informações para auxiliar as autoridades. Ele ressalta a importância de fornecer suporte para os procuradores do estado atuarem em questões judiciais relacionadas à segurança pública.
Portanto, o escritório de “lobby institucional” da Polícia Militar de São Paulo em Brasília desempenha um papel fundamental na articulação política e na busca por recursos para aprimorar as condições de trabalho e o combate à criminalidade na região.