A PF justificou a medida alegando a possibilidade de uma fuga, o que torna imprescindível a presença constante de agentes para monitorar não apenas as atividades de Bolsonaro, mas também a movimentação de veículos e a presença de vizinhos nas proximidades. De acordo com a corporação, essa vigilância não é meramente uma precaução, mas sim um elemento crucial para a eficácia da prisão, além de ser a única forma segura de prevenir o descumprimento da ordem judicial.
No documento enviado ao STF, a polícia enfatizou que a presença contínua de seus agentes dentro da residência do ex-presidente é necessária para garantir que a prisão domiciliar seja devidamente respeitada e que não haja qualquer irregularidade. A PF lembrou ainda que existem precedentes para esse tipo de monitoramento, o que poderia servir para embasar legalmente a solicitação.
A decisão do ministro Moraes, que levou à elaboração desse pedido pela PF, foi tomada na mesma terça-feira e está diretamente relacionada a um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. O julgamento dos indivíduos implicados, incluindo Bolsonaro, está agendado para o início de setembro, especificamente no dia 2, quando a Primeira Turma do STF dará início às discussões sobre o caso.
Esse cenário aponta para a intensificação do controle e da vigilância sobre figuras públicas envolvidas em investigações de grande repercussão, refletindo uma preocupação com a obediência às determinações judiciais e a preservação da ordem pública em meio a um clima político conturbado.