A operação, denominada Sem Desconto, trouxe à tona uma série de fraudes associadas a entidades que, entre 2021 e março de 2025, arrecadaram cerca de R$ 1,3 bilhão a partir de descontos indevidos aplicados às mensalidades de aposentados. Segundo as investigações, as empresas vinculadas a Antunes teriam repassado a impressionantes R$ 9,3 milhões a pessoas e entidades ligadas aos servidores do INSS. Os dados apontados pelo órgão de investigação revelam que Antonio Carlos enviou, de forma específica, a quantia de R$ 9.329.550,53 a indivíduos e empresas relacionadas aos servidores da previdência.
Essas revelações fazem parte de um escândalo muito mais amplo, que foi exposto por uma série de reportagens publicadas ao longo do último ano, destacando a lucratividade excessiva de entidades envolvidas na fraude e o impacto negativo sobre os segurados, que sofreram com a manipulação de suas contribuições. As apurações da PF começaram após essas matérias e resultaram na abertura de inquéritos que não apenas questionaram a integridade do INSS, mas também levaram a demissões significativas na cúpula da previdência brasileira, incluindo o presidente do INSS e o ministro da Previdência.
O escândalo, cuja profundidade ainda está sendo medida, expõe a fragilidade do sistema de controle sobre os fundos públicos e a necessidade urgente de reavaliação das práticas vigentes. As investigações continuam, e a sociedade está atenta para as consequências que esse esquema pode ter sobre a confiança na administração dos direitos previdenciários dos cidadãos. As ações da Polícia Federal são vistas como um passo fundamental na busca pela responsabilização e pela integridade do sistema de previdência social brasileiro.