Polícia Federal prende 18 pessoas por grilagem de terras na Amazônia em operação que envolve políticos e autoridades públicas.



Na última operação realizada pela Polícia Federal, 18 pessoas foram presas na região da Amazônia por envolvimento em grilagem de terras. Esse tipo de crime é recorrente em Brasília, mesmo diante da atuação da Polícia Federal e do Ministério Público.

Existem inquéritos em andamento sobre esse assunto, com provas contundentes recolhidas pela Polícia Federal contra grileiros, funcionários públicos e até mesmo políticos. O Ministério Público apresentou denúncias consistentes, que resultaram na abertura de processos. No entanto, apesar de toda essa movimentação, os responsáveis não são presos e muito menos condenados, tornando a justiça um processo lento e moroso.

Um exemplo chocante é uma conversa grampeada pela Polícia Federal em que o principal suspeito de grilagem em Brasília fala ao telefone com o então governador Joaquim Roriz. Nessa conversa, o suspeito confessa ter distribuído lotes de forma irregular para servidores públicos e desembargadores, reclamando de interferência de um funcionário do governo que derrubara as cercas do loteamento. A resposta do governador foi ainda mais surpreendente, prometendo resolver a situação sem acionar a polícia.

Essa convivência entre crime e política é um escândalo que a mídia local, seduzida pelo poder do governador, prefere ignorar. A mídia nacional, por sua vez, não dedica o devido tempo e espaço para tratar desse tipo de assunto, que revela a fragilidade das instituições diante da corrupção e do poder paralelo que se estabeleceu em Brasília.

O caso, que veio à tona em 2004, evidencia a necessidade de uma atuação mais eficaz das autoridades e da transparência na esfera pública para coibir práticas ilegais como a grilagem de terras. A impunidade e a conivência não podem mais prevalecer em um país que busca a justiça e o desenvolvimento de forma igualitária para todos os cidadãos.

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