As investigações revelaram que o grupo operava de forma organizada e meticulosa, visando beneficiar certas partes interessadas por meio da apropriação indevida de alvarás judiciais. Estima-se que aproximadamente R$ 18 milhões tenham sido liberados para o pagamento de honorários advocatícios. Os documentos referentes ao caso foram encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que agora tem a responsabilidade de determinar as próximas etapas do processo, incluindo a possibilidade de denúncias por parte do Ministério Público.
A estrutura criminosa identificada pela PF é composta por três núcleos principais. O primeiro é formado por magistrados e seus auxiliares, que se encarregavam do aparato judicial. O segundo núcleo é composto por advogados que colaboravam com os juízes para garantir decisões favoráveis a seus cliente. Por último, um núcleo operacional cuidava da movimentação e ocultaçãodo dinheiro obtido de forma ilegal. Essa configuração notavelmente complexa destaca a gravidade da situação e a extensão da corrupção no sistema judiciário.
Esse escândalo levanta questões sérias sobre a integridade do Poder Judiciário no Brasil e a necessidade de reformas para restaurar a confiança pública nas instituições legais. Com as acusações de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, o futuro dos envolvidos na operação “18 Minutos” agora depende da análise do STJ e das ações que o Ministério Público decidirá tomar a partir desse ponto.