As investigações culminaram no indiciamento dos Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição da democracia. Em resposta às revelações, o ministro Alexandre de Moraes determinou a apreensão do passaporte de Malafaia, que teve seu celular confiscado no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, durante a operação.
O relatório da PF indica que as ações de Malafaia e outros envolvidos foram orquestradas de maneira a criar um “conjunto de ações” focadas em coagir membros do Judiciário e do Legislativo. A análise do material encontrado sugere uma organização estruturada, na qual cada investigado desempenha um papel específico em uma estratégia criminosa coordenada, com evidências de uma contínua prática delitiva.
A PF também destacou que o celular de Jair Bolsonaro, apreendido em agosto, revelou mensagens que corroboram a hipótese de um plano bem elaborado para subverter a ordem democrática. As conversas recuperadas ocorreram entre junho e julho deste ano e indicam articulações para ações que visam intimidar autoridades e influenciar decisões de órgãos do governo.
Além de sua influência como líder religioso, Silas Malafaia é reconhecido por seu papel ativo na organização e financiamento de manifestações em apoio ao ex-presidente. Sua relação com os Bolsonaro, conforme demonstrado nas investigações, levanta questões sobre a conexão entre religião, política e ação social no atual contexto político brasileiro.
O desdobramento dessa investigação poderá impactar significativamente o cenário político do país, à medida que a PF continua a aprofundar sua análise sobre as interações entre os envolvidos. A sociedade acompanha com atenção os próximos passos que as autoridades tomarão diante das graves acusações que estão sendo levantadas.